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Este blogue é destinado a um público que possua a maturidade e vontade suficiente para o compreender, tal como é:
UM REFLEXO DESTE MUNDO ABSURDO!
Contém imagens, expressões e mensagens que podem ferir as susceptibilidades individuais, por vezes existe sentido de humor (de qualidade duvidosa), noticias e fotos anormais (bem anormais de preferência), porque de normalidade estamos nós fartos.

Se não concorda, não satisfaz os requisitos ou, ainda, se é menor de idade, está, desde já, avisado: RUA! Procure outras tretas com que se entreter, sff!!!



domingo, abril 29, 2007

- Porque o sócrates não jogou no Euromilhões!


Se tivesse jogado tinha-lhe saído, dúvida? Vejamos o jogo do nosso PM:
José Sócrates e o cálculo de probabilidades perante as explicações:
ele é erros de secretaria,
falhas burocráticas,
formas normais e comuns de tratamento pessoal e de conclusão de cartas,
esquecimentos(?)
(...)
Nada que não possa, de facto, acontecer!

O problema não está, contudo, nestes erros e lapsos poderem ocorrer. Está em terem ocorrido todos simultaneamente. Levado por esta hipótese, que tal um pequeno exercício de probabilidades?
Pegue em alguns dos factos do caso Sócrates, sem qualquer preocupação de exaustão, e:

1- Qual a probabilidade de José Sócrates se intitular engenheiro e deixar que o tratassem por engenheiro, quando consabidamente o não era?
Sejamos honestos. É muito elevada. Quase todos os engenheiros técnicos o fazem! Ponhamos, por isso, 99% (0,99).

2- Qual a probabilidade de um aluno de uma universidade, inscrito em cinco cadeiras, ter o mesmo professor em quatro?
Não conheço nenhum caso, não conheço ninguém que conheça, mas admito, generosamente, 5% (0,05).

3- Qual a probabilidade de um aluno ter como professor o "alegado" reitor da universidade?
Tanto quanto sei, os reitores não costumam dar aulas. Admito, no entanto, que na "Independente", o reitor tenha dado umas aulas. Não muitas, naturalmente, mas concedamos, por absurdo, que as deu a quase toda a gente e fique assim pelos 80% (0,8).

4- Qual a probabilidade de, por esquecimento, o registo de uma disciplina(o inglês técnico, no caso de Sócrates), ter ficado omissa no plano de estudo que um aluno deve frequentar?
Esta é mesmo muito pequena, mas admitamos 10% (0,1).

5- Qual a probabilidade de, por lapso, um diploma indicar um domingo como data de conclusão de um curso?
Concedamos, a brincar aos exageros, que na "Independente" as datas de conclusão dos cursos são aleatoriamente atribuídas a qualquer dia da semana. Então a probabilidade de calhar o domingo é de 1/7, 14,3% (0,143), arredondando por excesso.

6- Qual a probabilidade de um dossier de transferência de um aluno ser concluído (como, se diz que foi o de Sócrates) muitos meses depois do termo do respectivo prazo legal?
João Redondo, da Associação do Ensino Superior Privado, responde que nenhuma. Faz sentido, porque é uma ilegalidade. Mas às vezes, sem culpa do aluno, as ilegalidades cometem-se. Num país como o nosso, podem acontecer com alguma frequência, mesmo sem estarmos diante de uma hipótese de corrupção. Com o aluno de perfeita e integral boa fé. Fixemos então a probabilidade de isto acontecer por puro desleixo em 1% (0,01).

7- Qual a probabilidade de um deputado corrigir a ficha dos seus dados pessoais na Assembleia da República?
Esta é fácil de verificar. Basta consultar os registos respectivos, se não se extraviarem. Admitamos, até que essa análise seja feita, que isso acontece em cada legislatura a 16 deputados. Considerando, por defeito, um universo de 200 deputados, temos 8% (0,08).

8- Qual a probabilidade de alguém, dirigindo-se em tons formais a um desconhecido, terminar com a expressão "do seu"?
Nem com uma profissão em que passe a vida a escrever e a receber faxes e cartas. Pessoalmente, nunca escrevi nem ninguém me escreveu "do seu". Mas noutros meios, mais influenciados por outras culturas, admito que possa acontecer.O lobby gay diz que 1 em 10 portugueses são gays (safa!), usando os mesmos argumentos que que fundamentam esta afirmação, dupliquemos generosamente para 1 em 5. Dá uma probabilidade de 20% (0,2).

Podíamos continuar, mas não vale a pena. Temos uma série de factos lamentáveis que, embora relativamente improváveis, aconteceram na realidade com José Sócrates.

Qual é a probabilidade de estes factos terem ocorrido todos, como José Sócrates diz que desgraçadamente lhe aconteceu?
Sendo factos todos independentes uns dos outros, o cálculo de tal probabilidade obtém-se pela multiplicação da probabilidade de cada um. Feitas as contas e, se as faço bem, obtenho uma probabilidade de menos de 1 para 10.000.000. Ou seja, o José Sócrates é o mais azarado dos portugueses.

O OSE agradece ao AMS pela dica.

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