Bloqueia rato - aviso

AVISO/DISCLAIMER - 18+ - XXX rated (às vezes)

Este blogue é destinado a um público que possua a maturidade e vontade suficiente para o compreender, tal como é:
UM REFLEXO DESTE MUNDO ABSURDO!
Contém imagens, expressões e mensagens que podem ferir as susceptibilidades individuais, por vezes existe sentido de humor (de qualidade duvidosa), noticias e fotos anormais (bem anormais de preferência), porque de normalidade estamos nós fartos.

Se não concorda, não satisfaz os requisitos ou, ainda, se é menor de idade, está, desde já, avisado: RUA! Procure outras tretas com que se entreter, sff!!!



domingo, novembro 09, 2008

- O Estado da nação

Qual é, hoje em dia, a profissão mais rentável? Jogador de futebol? Advogado? Namorada de jogador de futebol? Não. Creio que o ramo de actividade mais atraente para quem quer construir uma carreira de sucesso é ser proprietário de um banco falido. Enquanto o banco não vai à falência, retiram-se todos os benefícios que ser banqueiro oferece; quando vai à falência, não se suporta nenhuma das desvantagens ­ o Estado toma conta de tudo. Quem deve 700 euros pode ter problemas: intimações, tribunais, penhoras. Quem deve 700 milhões, em princípio, está mais à vontade. Se contrair empréstimos, já sabe: aponte para cima. No que toca a devedores, aplica-se o mesmo princípio de mérito que rege o resto da sociedade: os maiores e mais talentosos têm mais dinheiro e prestígio.
Levando tudo isto em consideração, não se percebe por que razão não há programas de auxílio à criação de bancos falidos. É certo que, no momento em que vão à falência, os apoios não faltam. Mas, tendo em conta que se trata de uma actividade tão proveitosa, não deveria ser incentivada desde cedo?
Como toda a gente, teria todo o gosto em fundar um banco falido. Desgraçadamente, contudo, não tenho curso de economia ou gestão, e temo que a minha falta de preparação técnica me levasse a criar um banco bem sucedido e próspero, o que não interessa a ninguém. Só os mais conceituados e bem pagos gestores parecem ter a capacidade para conduzir um banco estrondosamente à bancarrota.
De acordo com a Agência Financeira, no dia 12 de Outubro de 2008, Teixeira dos Santos garantia desconhecer indícios de que algum banco português estivesse com problemas. Menos de três semanas depois, o mesmo Teixeira dos Santos anunciou a nacionalização do BPN. Há aqui uma perspicácia do ministro que talvez deva ser sublinhada. No entanto, se, por um lado, se louva a capacidade do BPN para, três semanas antes de implodir, conseguir camuflar o estado em que se encontra, a verdade é que, noutros aspectos, o banco não foi tão hábil. Normalmente, uma empresa pratica irregularidades para conseguir sobreviver, ou para aumentar os lucros. No BPN, as irregularidades resultaram, segundo o Diário de Notícias, em prejuízos de 360 milhões de euros e perdas acumuladas de 700 milhões de euros. Até para fazer falcatruas é preciso ter talento.

Sem comentários: